Com a conclusão do mural de Franklin Cascaes, assinada pelo artista Thiago Valdi, Florianópolis volta a contar integralmente com um dos mais emblemáticos conjuntos de arte urbana da cidade. Os painéis do Edifício Atlas, no centro da capital catarinense, homenageiam dois ícones da cultura local: a educadora e política Antonieta de Barros e o pesquisador e folclorista Franklin Cascaes.
A restauração das obras foi viabilizada com patrocínio do Sicoob SC/RS e marca o encerramento do projeto de recuperação dos murais, que haviam sido removidos temporariamente para reformas estruturais no edifício. A primeira etapa, dedicada a Antonieta de Barros e recriada pela artista Gugie Cavalcanti, foi entregue no início de maio. Agora, com a finalização da nova pintura de Cascaes, o centro de Florianópolis retoma um de seus mais potentes símbolos culturais.
Além do retrato de Franklin Cascaes, o mural assinado por Valdi traz uma releitura da obra original, criada em 2017, incorporando elementos do imaginário fantástico do artista homenageado. “Este trabalho é um tributo não só à figura de Franklin, mas também à riqueza da cultura açoriana e ao modo de vida da nossa gente”, afirma Valdi.
Com 34 metros de altura, cada mural demandou mais de 300 litros de tinta e mobilizou uma equipe de cerca de 20 profissionais. Ao todo, foram cerca de 400 horas de trabalho para devolver à cidade as obras, agora ainda mais ricas em detalhes e simbolismo.
Além do Sicoob SC/RS, contribuíram para a realização do projeto a Resicolor Tintas, Colorgin Arte Urbana, Construtora Engenho e Instituto Maratona Cultural. O investimento foi inteiramente viabilizado por recursos da iniciativa privada.
Os painéis do Edifício Atlas são hoje reconhecidos como patrimônios da arte urbana local e únicos no Sul do Brasil por ocuparem um mesmo prédio com duas obras de grande porte, assinadas por artistas diferentes. A revitalização também impulsionou um novo projeto de passeios guiados pelo centro da cidade, conduzidos pelo Guia Manezinho, reforçando o papel da arte urbana como vetor de educação, turismo e valorização cultural.

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