Como já publicado no Floripa.com, a primavera em Floripa é mais do que uma estação de transição. Os dias ficam mais longos, o vento é suave e a vegetação se renova, oferecendo paisagens verdes e floridas. As temperaturas variam entre 15 °C e 23 °C no início da estação e podem chegar a 27 °C no final, com noites frescas e possibilidade de pancadas de chuva. O clima ameno convida a explorar a cidade no clima da estação. E qual a melhor forma de fazer isso? Em contato direto com a natureza visitando e curtindo o Jardim Botânico e os parques da cidade.
Para isso, preparamos um roteiro especial sobre cada um dos lugares. Confira, aproveite seu fim de semana em Floripa e lembre-se: respeite as regras de cada área, prepare-se para eventuais pancadas de chuva e use calçados confortáveis. Assim, você garante uma experiência completa, em harmonia com a estação mais colorida do ano. Boa leitura e ótimo fim de semana.
Entre no clima da primavera em Floripa
Sábado
Manhã – Jardim Botânico de Florianópolis
No bairro Itacorubi, o jardim ocupa 19 hectares ao lado do segundo maior manguezal urbano do Brasil. Ideal para começar o fim de semana em meio ao verde, o espaço mescla natureza preservada e lazer. A pista de caminhada contorna um lago artificial de 700 m; há um arboreto dedicado ao naturalista Fritz Müller, com nogueiras, palmeiras, lavandas e girassóis; e estrutura de lazer com academia ao ar livre, slackline, quadra de vôlei de areia, redário e mesas para piquenique.
O parque também promove exposições e oficinas no centro de visitantes. A entrada é gratuita, funciona de terça a domingo, das 7h às 19h, e não permite animais de estimação. E, para quem aprecia flores, desde 20 de setembro de 2025, o jardim conta com um orquidário com mais de 300 orquídeas catalogadas, entre elas a Laelia purpurata, flor-símbolo da cidade desde 2006 (visita obrigatória, especialmente na primavera).

Fim da manhã – Parque Linear do Córrego Grande
A poucos quilômetros do Jardim Botânico, este corredor verde de mais de 17 mil m² recuperou um trecho de córrego que sofria com poluição. O projeto paisagístico privilegia espécies nativas da Mata Atlântica, como garapuvu, pau-brasil e ipê, atraindo borboletas, pássaros e pequenos mamíferos. Passarelas e decks de madeira, bancos e mirantes convidam à contemplação. Uma ponte-praça de madeira e aço corten integra as margens do córrego, e o parque funciona como corredor ecológico, conectando o Parque do Maciço da Costeira ao manguezal.
O espaço abriga eventos culturais, oficinas ecológicas e tem área infantil com brinquedos de madeira. A iluminação é eficiente e os materiais utilizados priorizam madeira reflorestada e técnicas de baixo impacto. O parque é pet-friendly, permitindo levar o animal de estimação para caminhadas.

Tarde – Parque Estadual do Rio Vermelho
Entre a Praia de Moçambique e a Lagoa da Conceição, o Parque Estadual do Rio Vermelho preserva mais de 1.500 hectares de restinga e Mata Atlântica. Criado em 2007, abriga o aquífero que abastece parte do norte da Ilha e concentra espécies nativas, como a rara Mimosa catharinensis, além de mamíferos, aves e répteis típicos da região.
A principal atração é a Trilha Ecológica do Rio Vermelho, percurso guiado de cerca de 1 hora que passa por recintos de animais silvestres resgatados e impossibilitados de voltar à natureza. O parque também integra o Caminho da Ilha de Santa Catarina (CAISCA), rota que conecta praias e áreas de mata. Para completar a visita, vale estender o passeio até a Praia do Moçambique, uma das mais preservadas da capital.

Domingo
Manhã – Monumento Natural Municipal da Lagoa do Peri (antigamente chamado de Parque Natural Municipal da Lagoa do Peri)
No sul da Ilha, o parque protege a maior lagoa de água doce da costa catarinense. É um refúgio para quem gosta de trilhas: a Trilha da Gurita passa pela Mata Atlântica e leva à Cachoeira da Gurita; a Trilha da Restinga é curta e ótima para observar a vegetação; e a Trilha da Cachoeira conduz a uma queda-d’água escondida, exigindo mais esforço. Além de caminhadas, é possível nadar nas águas tranquilas da lagoa ou praticar stand-up paddle, caiaque e pesca esportiva.
Áreas com mesas e bancos de madeira convidam ao piquenique. A fauna inclui tucanos, capivaras, lontras e até jacaré-do-papo-amarelo. Antigos engenhos de farinha e açúcar podem ser vistos ao longo das trilhas. O parque funciona todos os dias, das 8h às 17h, com entrada gratuita (estacionamento é pago).

Parque Ecológico do Córrego Grande ou Horto Florestal (tarde)
O Parque Ecológico é administrado pela prefeitura de Florianópolis por meio da Fundação Municipal do Meio Ambiente (FLORAM) e cobre cerca de 21 a 22 hectares. Ali se cultiva uma rica diversidade da Mata Atlântica: pau-brasil, ipê-amarelo, palmeira-juçara, embaúbas, bromélias e orquídeas. É habitat de gambás, lagartos, jacaré-do-papo-amarelo e saguis, bem como aves como tucanos, martins-pescadores, pica-paus, papagaios e gralhas-azuis.
O parque conta com três trilhas — Palmiteiro, Garapuvu e Pau-Jacaré — e esta última possui placas em Braille, Libras e vários idiomas. Há mesas para piquenique; como não existe lanchonete no local, recomenda-se levar água e alimentos.

Parques urbanos para completar o fim de semana
Se ainda houver fôlego, visite um dos parques urbanos da capital, ideais para contemplar flores e praticar atividades leves:
Parque da Luz — Inaugurado em 2002 a pedido da comunidade, possui mais de 37 mil m². A flora inclui árvores remanescentes de Mata Atlântica e flores como estrelícias, helicônias, flor-do-maracujá e hibiscos. A infraestrutura conta com área de lazer, campo de futebol, espaço infantil, relógio de sol, quiosque, ciclovia, academia ao ar livre, viveiro de árvores frutíferas, além da Ponte Hercílio Luz bem ao lado para apreciar nosso cartão postal e o pôr do sol de cinema.

Parque de Coqueiros — No continente, o parque bem no começo do bairro, próximo da Ponte Pedro Ivo, é um espaço de lazer para toda a família e palco de eventos. O local tem ampla área verde, estrutura para caminhadas, quadras esportivas, espaço infantil e, claro, diversos pontos perfeitos para estender a canga ou a toalha (se a ideia é fazer um piquenique) – ou posicionar a cadeira para “largatear” no melhor estilo de vida ilhéu.

Gastronomia açoriana: tradição que não pode faltar no seu roteiro
E quer uma dica extra? Passeio em Floripa não pode ficar sem aquela parada para apreciar a autêntica culinária açoriana. Por isso, depois de curtir o clima da primavera nos parques e no Jardim Botânico, que tal seguir para o sul da Ilha, por exemplo, para experimentar os pratos, o clima e hospitalidade autêntico das nossas comunidades tradicionais. Veja as dicas:
Ribeirão da Ilha – Um dos bairros mais antigos e pitorescos da Ilha, fácil de percorrer, conserva casarios de arquitetura açoriana e foi uma das primeiras comunidades habitadas de Florianópolis.
A região é famosa pelo cultivo de ostras e mariscos; as fazendas marinhas abastecem restaurantes à beira-mar com vista para a Baía Sul e o Morro do Cambirela. Santa Catarina é responsável por mais de 90% da produção nacional de ostras, e o bairro de Ribeirão da Ilha está entre os maiores produtores do país.
Caminhe pelo centro colonial, a famosa Freguesia do Ribeirão, visite a Igreja Nossa Senhora da Lapa e o Ecomuseu, e finalize com uma sequência de ostras ou camarões em restaurantes como Ostradamus ou Muqueca da Ilha.
Pântano do Sul – Esta praia de pescadores é considerada um dos principais postos de pesca da Ilha. O nome “Pântano” vem da faixa pantanosa formada por riachos que descem dos morros.
A região se destaca pela pesca do cação-mangona e pelos cercos de tainha no período da safra; barcos maiores fazem pesca de alto-mar, o que rendeu ao lugar o apelido de “Porto” entre os moradores mais antigos.
É também ponto de partida da trilha para a Lagoinha do Leste e abriga restaurantes tradicionais de frutos do mar (Arante, Bar do Vadinho, Mandala, Pedacinho do Céu…). Ideal para sentir a atmosfera de uma vila de pescadores, provar muitas dos sabores de Floripa e apreciar o mar tranquilo cercado por montanhas. E brindar à primavera, claro.
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