Como é viver em Floripa? 10 hábitos típicos do estilo de vida local

Descubra o que não pode faltar no dia a dia de quem vive em sintonia com a cidade.

Viver em Floripa é muito mais do que estar cercado por belas paisagens. A cidade – na Ilha e no Continente – tem um jeito próprio de funcionar, moldado pelas tradições açorianas, pela forte ligação com a natureza e pelo cotidiano tranquilo de quem aprendeu a respeitar o tempo, o mar e as pessoas. Em cada canto da cidade, nos sotaques, nas comidas, nos rituais e nas expressões locais, há um estilo de vida único, que vai se formando aos poucos, no compasso das marés.

Esses dez hábitos sobre como é viver em Florianópolis não são regras nem folclore: são práticas reais, repetidas por moradores de diferentes gerações, que ajudam a entender como é o verdadeiro viver manezinho.

10 hábitos de quem vive em Florianópolis

1. Bendito sol

Em Floripa, parar tudo para “lagartear” não é visto como perda de tempo é sabedoria. É comum ver moradores sentados nas pedras da praia, esticados na grama da Beira-Mar Norte, Beira-Mar Continental ou Ponta das Campanhas, na Armação, ou nos bancos da Lagoa da Conceição ou de Coqueiros, apenas sentindo o Sol no rosto ou se inspirando, como mostra a foto abaixo. Não precisa de muito: basta um dia bonito, uma sombra de figueira por perto e a disposição de fazer nada, por um tempo. Esse costume traduz o apreço que o ilhéu tem por pausas conscientes e por viver em contato direto com o ambiente.

viver em floripa
Foto: Allan Carvalho / Divulgação PMF

2. A tradição do cafezinho

Seja qual for o acompanhamento – cuca, sonho, cavaquinho, pastel de banana (aqui chamado de “banana recheada”), entre outros -, a tradição do cafezinho nunca irá se perder em Floripa.  Assim como o pretexto por trás do hábito: encontrar os amigos e falar sobre assuntos da cidade, como era na época do Ponto Chic ou Senadinho, lugar histórico na esquina da Felipe Schmitd com a Trajano, no Centro. Outros cafeterias e padarias foram surgindo ao longo do tempo, no Centro, nos shoppings e nos barros mais badalados e passaram ser usados também como locais de trabalho. Mas sempre haverá aqueles que fazem do cafezinho a desculpa perfeita para um simples bate papo.

3. Caminhar na Beira-Mar Norte

A Beira-Mar Norte, como você leu aqui no Floripa.com, é um dos espaços mais frequentados da cidade. No início da manhã e no fim da tarde, moradores de todas as idades ocupam o calçadão para caminhar, correr, andar de bicicleta ou simplesmente observar a baía. O ambiente favorece o hábito de “dar uma volta”, um gesto simples que acaba virando rotina para quem mora na cidade. Mais do que exercício físico, é um momento de conexão com a paisagem e com a cidade em si.

4. Apreciar o pôr do sol

Na Lagoa da Conceição, seja nas Rendeiras ou do alto, no Mirante do Morro ou no antigo Ponto de Vista, todo fim de tarde é uma oportunidade para contemplar o sol se pondo. É um momento sem pressa, quase silencioso, que muitos fazem questão de viver sempre que possível. O mesmo acontece,  por exemplo, na região da Ponte Hercílio Luz, onde assistir ao pôr do sol virou um hábito frequente, quase um ritual urbano, que reflete o gosto local por pausas cheias de sentido.

Aniversário da Ponte Hercílio Luz
Foto: Ricardo Wolffenbüttel / Divulgação SECOM Gov SC

5. Comer ostras

Santo Antônio de Lisboa e Ribeirão da Ilha são dois bairros onde a tradição da ostra fresca ainda é muito viva. As duas comunidades das mais tradicionais da cidade possuem fazendas que abastecem também os muitos bares e restaurantes da região. Em Floripa, comer ostra não é luxo – é hábito, além de estrela da tradicional Fenaostra (Festa Nacional da Ostra), realizada em julho. Muitos moradores se reúnem em bares simples, à beira do mar, para saborear ostras abertas na hora, acompanhadas de uma cerveja gelada e boa conversa. É um momento que une gastronomia, natureza e cultura local com muita naturalidade.

6. Fazer trilha no fim de semana

Morar em Floripa significa ter acesso fácil a trilhas que levam a lugares incríveis. A trilha para Lagoinha do Leste, por exemplo, é feita por moradores com a mesma frequência que turistas. O mesmo  ocorre com a trilha para a Costa de Lagoa e Gravatá. Nos fins de semana, grupos de amigos ou famílias inteiras se reúnem para caminhar até praias escondidas, mirantes e cachoeiras. Fazer trilha virou prática de lazer recorrente, saudável e acessível, profundamente ligada ao modo de vida local tanto para trilheiros experientes quanto iniciantes e também para quem busca algo mais que uma caminha, como é o caso da Trilha do Dólmen da Oração.

trilhas para iniciantes
Foto: Allan Carvalho / Divulgação PMF

7. Ir ao Mercado Público

O Mercado Público de Florianópolis não é apenas um lugar para compras. É um centro de convivência, onde tudo acontece sem pressa. Impossível pensar num sábado pela manhã sem o mercado em funcionamento. Ali, moradores compram peixe fresco, almoçam pastel com caldo de cana, curtem uma boa música, tomam cerveja artesanal ou apenas conversam entre si ou com os comerciantes, do Marcelo da Peixaria ao Beto do Box 32. Muitos clientes são conhecidos pelo nome e as bancas mais tradicionais acumulam décadas de histórias. Visitar o mercado é participar de uma rotina social que preserva o espírito coletivo da cidade.

8. Participar ou prestigiar o Boi de Mamão

O Boi de Mamão é uma manifestação cultural que faz parte da formação das crianças da ilha. Aprendido nas escolas e nas comunidades, esse teatro popular envolve música, dança e personagens típicos, como o boi, a maricota, o cavalo e o doutor. Nos bairros mais antigos, moradores ainda mantêm grupos que encenam o Boi em festas, praças e eventos. Participar, assistir ou simplesmente apoiar esses grupos é uma forma de manter viva a tradição.

Foto: Allan Carvalho / Divulgação PMF

9. Falar o manezês com naturalidade

O jeito de falar do manezinho carrega muito da história da ilha. Ouvir e entender ou até mesmo  incorporar algumas das expressões típicas, sem forçar e sem menosprezar, é hábito frequente, não tem? E é fácil de entender até para o mais “mazanza”. Isso porque o nosso manezês é repleto de expressões como “vou descê” (para ir ao centro), “tás pisado” (quando alguém se ferra), “se escabela” (quando se estressa) ou “mofas com a pomba na balaia” (para quem está esperando à toa) que fazem parte do cotidiano e são usadas sem cerimônia. Falar o manezês não é caricatura — é reforço de identidade, é pertencer.

10. Viver com os pés na areia

Praia em Floripa não é só para férias ou verão. Para quem mora aqui, a praia é quintal, é refúgio e, muitas vezes, extensão da rotina e não importa a estação. Mesmo no inverno, a praia é um destino parta muitos na cidade. Tem gente que começa o dia com um mergulho, outros que almoçam olhando o mar, e muitos que encerram o expediente indo ver o mar mesmo sem entrar. Ter o mar por perto muda o modo de viver. Seja no Campeche ou no Santinho, estar descalço, com a roupa de banho embaixo da roupa normal, é algo comum – e libertador.

 

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